Ancelotti planeja período de descanso e análise de 70 jogadores até próximo jogo da seleção brasileira
12 Jun 2025 - Folha de S.Paulo
Luciano Trindade
Depois de vencer o Paraguai nesta terça-feira (10) e conquistar sua vaga na Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira terá um longo período sem jogos até o próximo compromisso, em setembro, quando disputará as rodadas finais das Eliminatórias.Danilo Verpa - 10.jun.25/folhapressO italiano Carlo Ancelotti comanda a seleção na partida contra o Paraguai, disputada na Neo Química Arena, em São Paulo
Até lá, o técnico Carlo Ancelotti pretende curtir um breve período de descanso, acompanhar a Copa do Mundo de Clubes e, por fim, analisar cerca de 70 jogadores.
“Primeiro, eu vou tirar férias. Não lembro a última vez que tirei férias. Depois, claro, vou acompanhar jogos do Mundial de Clubes. E, em terceiro, vou analisar cerca de 70 jogadores, assistir a jogos com brasileiros na Europa, na Arábia Saudita e em outros lugares”, afirmou o treinador.
O italiano manteve as portas abertas para Neymar. “Ele pode jogar em várias funções, como no lugar de Matheus Cunha”, disse, fazendo referência ao responsável pela assistência para Vinicius Junior, autor do gol da vitória sobre os paraguaios.
O triunfo por 1 a 0 do Brasil, combinado com a derrota por 2 a 0 da Venezuela para o Uruguai, assegurou à seleção brasileira uma vaga antecipada na Copa, que começará daqui a um ano.
Com 25 pontos, na terceira posição das Eliminatórias, a equipe canarinho abriu sete de vantagem para a Venezuela, que está em sétimo, na zona de repescagem, a duas rodadas do fim do certame. Com isso, na pior das hipóteses, a formação dirigida pelo italiano terminará o torneio classificatório na sexta posição, a última com vaga direta no Mundial.
Nas rodadas finais, a equipe verde e amarela vai enfrentar o Chile, como mandante, e a Bolívia, como visitante, ainda em locais indefinidos. Os confrontos estão previstos para as datas Fifa da primeira quinzena de setembro.
Com a classificação antecipada ao Mundial, Ancelotti poderá usar essas partidas para fazer testes antes de definir o elenco que vai levar para a competição que será sediada em conjunto por México, Canadá e Estados Unidos.
Luciano Trindade
Depois de vencer o Paraguai nesta terça-feira (10) e conquistar sua vaga na Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira terá um longo período sem jogos até o próximo compromisso, em setembro, quando disputará as rodadas finais das Eliminatórias.Danilo Verpa - 10.jun.25/folhapressO italiano Carlo Ancelotti comanda a seleção na partida contra o Paraguai, disputada na Neo Química Arena, em São Paulo
Até lá, o técnico Carlo Ancelotti pretende curtir um breve período de descanso, acompanhar a Copa do Mundo de Clubes e, por fim, analisar cerca de 70 jogadores.
“Primeiro, eu vou tirar férias. Não lembro a última vez que tirei férias. Depois, claro, vou acompanhar jogos do Mundial de Clubes. E, em terceiro, vou analisar cerca de 70 jogadores, assistir a jogos com brasileiros na Europa, na Arábia Saudita e em outros lugares”, afirmou o treinador.
O italiano manteve as portas abertas para Neymar. “Ele pode jogar em várias funções, como no lugar de Matheus Cunha”, disse, fazendo referência ao responsável pela assistência para Vinicius Junior, autor do gol da vitória sobre os paraguaios.
O triunfo por 1 a 0 do Brasil, combinado com a derrota por 2 a 0 da Venezuela para o Uruguai, assegurou à seleção brasileira uma vaga antecipada na Copa, que começará daqui a um ano.
Com 25 pontos, na terceira posição das Eliminatórias, a equipe canarinho abriu sete de vantagem para a Venezuela, que está em sétimo, na zona de repescagem, a duas rodadas do fim do certame. Com isso, na pior das hipóteses, a formação dirigida pelo italiano terminará o torneio classificatório na sexta posição, a última com vaga direta no Mundial.
Nas rodadas finais, a equipe verde e amarela vai enfrentar o Chile, como mandante, e a Bolívia, como visitante, ainda em locais indefinidos. Os confrontos estão previstos para as datas Fifa da primeira quinzena de setembro.
Com a classificação antecipada ao Mundial, Ancelotti poderá usar essas partidas para fazer testes antes de definir o elenco que vai levar para a competição que será sediada em conjunto por México, Canadá e Estados Unidos.
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Casemiro recupera espaço; Richarlison decepciona
12 Jun 2025 - O Globo
RAFAEL OLIVEIRA rafael.oliveira@extra.inf.br
Seleção encerra primeira Data Fifa sob comando de Carlo Ancelotti com avanços que dão esperança por boa atuação em 2026, mas desafios ainda são muitos; zagueiro Alexsandro Ribeiro é outro destaque positivo
Aprimeira Data Fifa da seleção com Carlo Ancelotti chegou ao fim coma classificação para a Copado Mundo de 2026 e um saldo positivo do começo do trabalho do italiano. Avanços, tanto individuais quanto coletivos, já puderam ser vistos. Mas alguns desafios também se impõem.
É consenso que o setor defensivo foi o que mais evoluiu. O Brasil conseguiu não sofrer gols contra Equador e Paraguai. Pode parecer pouco, mas trata-se de um avanço para uma seleção que já havia sido vazada 16 vezes nas Eliminatórias. Onúmeroéo mesmo do total de gols sofridos nas dua sedições anteriores.
Não à toa, boa parte dos destaques individuais são do setor defensivo. Como o estreante Alexsandro Ribeiro. Com atuações seguras, o zagueiro do Lille-FRA se destacou na bola aérea e teve bom entendimento com Marquinhos.
Outro a brilhar foi Casemiro. O volante retornou após um ano emeio como se nunca tivesse ficado fora da seleção. Deu proteção à zaga e ainda teve participação importante na frente, principalmente no jogo contra os paraguaios.
Tão importante quanto as atuações individuais foi a organização apresentada pela equipe nos dois jogos. A estrutura defensiva se refletiu na compactação do time, evitando surpresas com bolas longas, e na recomposição mais rápida.
— Acho que é sempre um objetivo nosso sair sem tomar gol. Mas não é só isso. É também a maneira como foi. Muito sólido defensivamente como um todo — analisou o goleiro Alisson. — O Mister colocou na cabeça de todos que a atitude dos atacantes, de correr e ajudar a marcar, é importantíssima. E que o posicionamento dos defensores também conta muito.
Também houve evolução na fase ofensiva, mas ela parece estar em um estágio inicial. Contra o Equador, a criação não funcionou. Já diante do Paraguai, Ancelotti parece ter encontrado uma alternativa para a falta de meias organizadores.
A linha ofensiva com cinco jogadores — quatro atacantes (Matheus Cunha, Gabriel Martinelli, Vini Jr. e Raphinha) e Vanderson — funcionou como um rolo compressor. A aproximação de Casemiro e Bruno Guimarães também foi fundamental, mas a escassez de finalizações permaneceu.
Martinelli se saiu bem tanto pela esquerda quanto caindo por dentro, alternando posições com Vini Jr. Vanderson também foi uma boa opção pela direita. Outro que ganhou pontos com o treinador foi Matheus Cunha. O técnico italiano fez questão de destacar sua capacidade de jogar tanto entre os atacantes quanto por trás:
— Não era um centroavante, era um meia-atacante. Aproveitamos a velocidade de Vini, Martinelli e Raphinha para atacar as pontas, e Cunha jogando mais como um 10.
Enquanto Cunha subiu, Richarlison desceu. O atacante, aposta de Ancelotti para centroavante, não correspondeu. Titular contra o Equador, mal tocou na bola.
—É chegar no clube e treinar igual a um condenado para chegar aqui e honrar a camisa novamente — admitiu o jogador.
Importante ressaltar que, em boa parte do segundo tempo contra o Paraguai, a seleção voltou a apresentar problemas. O time teve dificuldade para sair da pressão do rival e caiu de produção, o que mostra como o ataque ainda enfrenta dificuldades quando o adversário não lhe dá tanto espaço. Outro desafio para Ancelotti até 2026.
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A era Ancelotti no horizonte
Italiano trouxe de volta confiança ao jogador e otimismo ao torcedor
Exigir o hexacampeonato de Ancelotti não faz o menor sentido e, caso ele consiga, será canonizado como são Carletto. Devagar com o andor, porém, porque há santos de barro
12 Jun 2025 - Folha de S.Paulo
Juca Kfouri Jornalista, autor de ‘Confesso que Perdi’. É formado em ciências sociais pela USP
Se alguém disser que a vitória, pela contagem mínima, da seleção brasileira sobre a paraguaia significou espetáculo digno do passado do time estará mentindo.
Por mais que a sólida equipe guarani viesse de nove jogos invicta, com cinco vitórias, contra Argentina e Brasil, inclusive, e que raramente tenha sido fácil vencê-la, a exibição do time de Carlo Ancelotti, recebido como salvador da pátria, esteve longe de ser empolgante. Assim mesmo, empolgou.
O que dá a medida de o quanto o time da CBF andou com cotação ao rés do chão junto ao torcedor e aos críticos.
Por mais que parecesse equivocado sacar Gerson do meio de campo, e escalar Martinelli na faixa de campo ocupada por Vinicius Junior, viu-se a melhor atuação de Bruno Guimarães com a camisa amarela e, sobretudo, um ataque sem posições fixas, com movimentação constante, capaz de criar pelo menos cinco chances claras de gol, a ponto de tornar também mentiroso o placar de apenas 1 a 0.
Vini, ainda longe de ser o craque do Real Madrid, deixou seu gol graças à persistência de Raphinha e de Matheus Cunha, autor do passe final.
A defesa correu poucos riscos, apesar de ter de conviver com a fragilidade dos dois laterais, problema maior da seleção além da ausência do grande armador, algo com que conviveremos até e durante a Copa do Mundo, a menos que, na terra onde se plantando tudo dá, apareça um fenômeno da noite para o dia.
O mais importante na gelada noite feérica em Itaquera foi constatar o comportamento da torcida e do time, a confiança transmitida das arquibancadas para o gramado, milagre que só pode ser atribuído ao festejado Carlo Ancelotti, Carletto para os íntimos, capaz de contagiar o sempre crítico torcedor paulistano de modo até surpreendente.
Importante lembrar que a estreia do vitorioso treinador italiano diante do torcedor brasileiro não foi melhor que a de Dorival Júnior, em Wembley, com vitória brasileira sobre a Inglaterra também pela contagem mínima, seguida por belo empate por 3 a 3, com a Espanha, em Santiago Bernabéu. Dali por diante…
Classificação para a Copa garantida, como obrigatório, Carletto terá dez jogos para chegar à América do Norte com time capaz de competir e agradar.
A campeoníssima seleção brasileira, pentacampeã em seus melhores dias, foi de Didi, de Mané Garrincha, de Pelé, de Romário, dos Ronaldos.
Nunca foi de Vicente Feola, de Aymoré Moreira, de Zagallo, Parreira ou Felipão, embora deva bastante a cada um deles.
Paradoxalmente, mesmo derrotada, teve época de ser a seleção de Telê Santana —o que Ancelotti dá sinais de poder repetir ao retribuir com simpatia e sedução ao torcedor que lhe deu a mão.
Para que venhamos a ter uma Era Ancelotti, para que o ancelottismo ou carlettismo tome conta do país, será necessário ter paciência e fé.
Paciência porque ele acaba de chegar e fé porque em apenas um ano é difícil montar uma seleção capaz de vencer Argentina, Espanha, França, Portugal, para citar só quatro que já estão prontas e são melhores que a brasileira.
Exigir o hexacampeonato de Ancelotti não faz o menor sentido e, caso ele consiga, será canonizado como são Carletto.
Devagar com o andor, porém, porque há santos de barro.
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Para acertar time da Copa, Ancelotti terá oito amistosos
Treinador quer jogar contra seleções da África, Ásia e Europa; CBF também acertou realização de partida com o Real Madrid
Rivais asiáticos
O Brasil deve enfrentar Japão e Coreia do Sul este ano; Usbequistão também pode ser rival
12 Jun 2025 - O Estado de S. Paulo.
MARCEL RIZZO
Após o fim de sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas, a seleção brasileira terá até oito amistosos antes de estrear na Copa do Mundo, em junho de 2026. O técnico Carlo Ancelotti fez um pedido à diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF): enfrentar adversários de diferentes escolas. O objetivo é medir forças com seleções fortes de diversos continentes.
Por causa do calendário, as equipes da elite europeia devem estar disponíveis apenas em março de 2026. Assim, seleções asiáticas e africanas são o alvo para as Datas Fifa de outubro e novembro de 2025. Em setembro, a seleção encerrará sua campanha nas Eliminatórias recebendo o Chile e visitando a Bolívia.
Na negociação para a rescisão de Ancelotti com o Real Madrid, ficou acertado um amistoso entre a seleção brasileira e a equipe espanhola. Embora ainda não haja data definida, a partida deverá ocorrer antes da Copa, quando se encerra o contrato do treinador italiano com a CBF – que pode ser renovado até 2030.
O jogo em Madri, em outubro ou novembro, pode abrir espaço para um segundo amistoso contra uma seleção africana em solo europeu. Negociações estão em andamento. Marrocos, Senegal, Egito e Argélia estão no topo do futebol do continente no momento.
Há um acordo, firmado pela gestão anterior da CBF, de um confronto contra o Japão em uma das próximas Datas Fifa, na Ásia (provavelmente em solo japonês). Com isso, a diretoria de seleções busca um segundo rival do continente asiático, e a Coreia do Sul e a Austrália são candidatas.
Houve contato de um intermediário oferecendo um confronto contra o Usbequistão. E foi feita uma sondagem do governo saudita para um encontro contra a seleção da Arábia Saudita, no Oriente Médio.
RESTRIÇÃO. Ancelotti pediu para que não haja jogos contra sul-americanos, rivais habituais que o Brasil enfrenta nas Eliminatórias. E que os adversários tenham bom ranking na Fifa, o que deve ser usado como parâmetro.
Em junho de 2026, a preparação final será feita nos Estados Unidos, com amistosos no país.
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